Delator que acusou Cunha também fez repasse à Assembleia de Deus

O lobista e delator da Lava Jato Júlio Camargo repassou R$ 125 mil para a igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Campinas (SP). A informação consta da quebra de sigilo bancário da empresa Treviso, utilizada por Camargo para repassar propinas no esquema de corrupção na Petrobrás revelado pela Lava Jato. Nem o pastor da igreja nem a defesa de Júlio Camargo, que negou que ele seja evangélico, quiseram dar explicações sobre o repasse.

Laudo da Polícia Federal aponta que a quantia foi repassada entre 2008 e 2014, sem detalhar se o valor foi pago de uma só vez ou em parcelas. A movimentação é a única feita no período pelas duas empresas de Júlio Camargo (Piemonte e Treviso) que teve como destino uma instituição religiosa.

O repasse mostra que o delator que disse à Justiça ter sido pressionado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar propina de US$ 5 milhões, também repassou dinheiro para uma igreja simpática ao deputado expoente da bancada evangélica.

Delator que acusou Cunha também fez repasse à Assembleia de Deus

‘Só sei quem é o Lulinha por foto na internet’, diz presidente da JBS-Friboi

Em uma conversa na sede da empresa, em São Paulo, Batista falou sobre a relação da JBS com o BNDES, a Lava Jato e os rumores de que o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis da Silva, conhecido como Lulinha, seria um sócio oculto de sua empresa. Confira:
BBC Brasil – Pedi para um taxista me trazer na JBS e ele perguntou: A empresa do Lulinha? Qual a origem desses rumores?
Batista – (Risos) Vamos ter de fazer uma reunião com taxistas, porque já ouvi isso de muita
gente. Talvez organizar um evento com o sindicato para eles pararem com essa palhaçada. Essa conversa é absurda e sem nexo. É difícil dizer de onde saem (esses rumores). A impressão que temos é que foram plantados em campanhas por adversários políticos (do PT). Parece que foi um site específico…
Mas não é só isso. Nossa empresa tem uma história. Meu pai começou esse negócio do nada, sessenta e poucos anos atrás. Quando (o presidente) Juscelino (Kubitschek) decidiu erguer Brasília, meu pai foi vender carne para as empresas que estavam construindo a cidade em uma precariedade danada. Trabalhou duro, fez uma reputação. E, sem falsa modéstia, somos bem-sucedidos no que fazemos.
Não sei se é um tema cultural, mas se você pesquisar vai achar vários empresários bem-sucedidos acusados de receber ajuda. Parece que no Brasil há uma dificuldade de se reconhecer que alguém pode crescer por ser competente ou por força do seu trabalho – e não por sorte ou porque é testa de ferro ou sócio de alguém.
‘Quando (o presidente) Juscelino (Kubitschek) decidiu erguer Brasília, meu pai foi vender carne para as empresas que estavam construindo a cidade em uma precariedade danada’
BBC Brasil – Como assim?
Batista – Há quinze anos, em Goiás, quando éramos muito menores, você ia achar muitos taxistas dizendo que (a JBS, na época Friboi) era do Íris Rezende, que foi governador do Estado várias vezes. Era parecido com essa história do Lulinha. Sempre crescemos muito e as pessoas tinham de achar uma justificativa: “como eu não cresço e o outro cresce?”.

Economia – ‘Só sei quem é o Lulinha por foto na internet’, diz presidente da JBS-Friboi

Romário “caça” jornalistas da revista Veja que publicaram documento sobre suposta conta na Suíça

O senador Romário tocou de lado para que seus eleitores chutassem.
Ontem, publicou no Facebook a pergunta “inocente”:
Alguém aí tem notícias dos repórteres da revista Veja Thiago Prado e Leslie Leitão, que assinaram a matéria afirmando que tenho R$ 7,5 milhões não declarados na Suíça? E do diretor de redação Eurípedes Alcântara? Dos redatores-chefes Lauro Jardim, Fábio Altman, Policarpo Junior e Thaís Oyama? Gostaria que eles explicassem como conseguiram este documento falso.
E tascou os links para as páginas de Facebook dos indigitados, sem sugerir nada, porque era desnecessário.
Foi uma avalanche de críticas e ironias nas páginas cujos endereços eletrônicos foram fornecidos pelo “baixinho”.
As de Thiago Prado e Leslie Leitão saíram do ar. A página de Lauro Jardim, que ainda funcionava hoje de manhã, tinha centenas de comentários que o ridicularizavam.
Certo que alguns exageradamente agressivos, mas a maioria indignados e irônicos:
E sobre o Romário Faria não vai falar nada ou vai desativar o Facebook também?
Amigo, explica como arranjaram o documento falso do Romário por gentileza? Abraço!
Quem foi o estelionatário que falsificou o documento da sua matéria contra o Romário ? Algum parceiro seu? Peixe!
É sobre o documento do Romário Faria? Sendo falso pode citar a fonte, ou será que é falsa a noticia?
E um dos mais engraçados:
Tem um vizinho meu aqui que tá me incomodando muito, já tivemos até algumas rusgas. Gostaria de saber quanto a Veja cobra para publicar uma matéria dizendo que ele tá enriquecendo urânio na casa dele?
A revista mantém o mais sepulcral silêncio desde que Romário contestou a informação publicada.
Nada, nem uma palavra ou explicação.
Se a revista confia no trabalho dos seus repórteres e na autenticidade do que publica, é obvio que teria respondido.
Eles próprios deveriam exigi-lo. A redação inteira, aliás.
Se não descambar para a agressão, o método “cobrança direta” estimulado por Romário talvez seja uma boa lição.
Somos responsáveis pelo que escrevemos e, se erramos, temos de reconhecer que erramos e porque o fizemos.
Disse ontem aqui que não há “sigilo de fonte” quando se trata de uma falsificação para atingir a honra alheia.
E mais: se temos o direito e o dever de em nome da apuração jornalística publicar o que temos segurança de que é verdadeiro, também temos o dever de suportar as consequências disso.
Romário tem o direito de reagir e um argumento irrespondível para os que vierem com “punhos de renda” politicamente corretos contra sua iniciativa de publicar os endereços onde seus detratores tem de ler o que se leu acima.
Afinal, eles tem um império de comunicação para responder e, 24 horas depois de apontada a farsa, não o fizeram.

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Repórteres da Veja saem do Facebook após serem desmascarados por Romário

Romário “caça” jornalistas da revista Veja que publicaram documento sobre suposta conta na Suíça – Esportes – R7 Futebol.

Sabesp prioriza interligação e deixa obra para tratar esgoto em 2º plano

Especialistas em recursos hídricos ouvidos pelo G1 afirmam que produzir água de reúso para consumo humano é o caminho mais sustentável para a crise porque resolve, ao mesmo tempo, o tratamento de esgoto e o abastecimento da população. Os pesquisadores criticam a postura da Sabesp em insistir na interligação de sistemas de mananciais como algo prioritário e como a melhor alternativa para a segurança hídrica.

“As obras de interligação podem dar um alento à crise, mas estão longe de mostrar um futuro realmente seguro quanto à disponibilidade hídrica. O reúso daria uma destinação nobre a parte do nosso esgoto e reduziria a captação nos mananciais. Infelizmente, ele continua no papel”, disse o professor da USP e da Uninove Pedro Côrtes, que também é geólogo.

G1 – Sabesp prioriza interligação e deixa obra para tratar esgoto em 2º plano – notícias em São Paulo

Não há clima para impeachment, mas tudo pode mudar, diz deputado Ibsen Pinheiro que comandou queda de Collor

O hoje deputado estadual Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) era o Presidente da Câmara durante o processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992, o peemedebista, de 80 anos, disse à BBC Brasil não ver agora uma crise política que justifique afastar Dilma Rousseff. Mas que há, sim, potencial para isso.

Ele afirmou que Cunha deveria mostrar sua inocência em relação às acusações na Operação Lava Jato – segundo um delator, o peemedebista recebeu US$ 5 milhões (mais de R$ 15 milhões) de propina no esquema de corrupção na Petrobras, o que ele nega. Afundar o Brasil não significa se salvar, uma vez que se for considerado culpado, acabaria sucumbindo na investigação e também afundaria junto com a nação.

Não há clima para impeachment, mas tudo pode mudar, diz deputado que comandou queda de Collor – BBC Brasil

Investigação contra Lula pode ser ‘exemplo’, dizem especialistas

lula

A abertura de uma investigação no Ministério Público do Distrito Federal para apurar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticou tráfico de influência após ter deixado o governo quase não encontra paralelo em outros países, o que demonstra como o relacionamento entre ex-líderes e grandes empresas se situa numa zona legal cinzenta, dizem especialistas em corrupção ouvidos pela BBC Brasil.

É bom que fique claro que não seria uma caça as bruxas, uma vez que será punido apenas quem tiver culpa no cartório, mas mostraria para a sociedade que ninguém neste país esta acima da lei e isso pode ser muito bom para a imagem do Brasil no exterior.

Filha de Roberto Jefferson quer que Lava Jato chegue ao ex-presidente Lula

País dos sem noção

“Ser deputada federal com Eduardo Cunha na presidência foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Ele deu dignidade ao parlamento. Foi completamente diferente das outras legislaturas. Os deputados se sentem valorizados, se sentem importantes. A fase em que se encontra o processo dele é muito inicial. Pelo que eu li e vi, existe apenas a prova testemunhal da delação do Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal. E ele não diz que entregou a propina ao Eduardo, só que ele pediu. Na realidade, isso é uma estratégia do governo para tirar o foco e colocar a Câmara na berlinda.”Filha de Roberto Jefferson quer que Lava Jato chegue ao ex-presidente Lula – Política – iG.

Lula busca FHC para discutir crise e conter impeachment

Reportagem da Folha de São Paulo desta quinta-feira (23) dá conta de que o o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou amigos em comum a procurar seu antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso, e propor uma conversa sobre a crise política no país. O objetivo imediato do movimento seria conter as pressões pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
 
Conforme a publicação, há cerca de duas semanas, amigos de Lula discutiram separadamente com ele e FHC a possibilidade de um encontro dos dois. Os contatos ocorreram às vésperas de o tucano viajar de férias para a Europa.

Lula e FHC

Lula teria dito a aliados que a conversa poderia ser por telefone e antes de Fernando Henrique viajar. Conforme o texto, o tucano preferiu deixar a definição de um eventual encontro para ser discutida depois que ele voltar ao Brasil, em agosto.
 
Não foi o primeiro aceno de Lula à oposição. Em maio, ele encontrou o senador José Serra (PSDB-SP) na festa de um amigo comum e disse que gostaria de marcar uma conversa reservada. Lula derrotou Serra na eleição de 2002.
 
Lula tem mantido somente os aliados mais próximos informados sobre essas conversas, e só avisou que procuraria Fernando Henrique na véspera de autorizar os contatos com o antecessor.
 
A intenção do petista é buscar um conciliador na oposição para tentar dissipar, pelo menos dentro do PSDB, as forças que trabalham pelo impeachment da presidente.
 
A crise que envolve Dilma aprofundou-se nas últimas semanas, com o avanço das investigações sobre corrupção na Petrobras, a crise econômica e a rebeldia dos aliados do PT no Congresso.

Lula busca FHC para discutir crise e conter impeachment – Política – Hoje Em Dia

 

Governo busca reequilibrar contas para recuperar economia, diz Dilma Rousseff

“Hoje nós perseguimos o reequilíbrio das contas públicas, que é uma parte essencial para que a economia se recupere. Nós já tomamos um conjunto de medidas, e algumas já estão dando resultado, como é o caso do realinhamento dos preços […] e tem dado resultado também o fato de que tem havido aumento das exportações”, disse a presidente em Piracicaba.G1 – Governo busca reequilibrar contas para recuperar economia, diz Dilma – notícias em Piracicaba e Região

Solução para os problemas do Brasil é apenas troca de nomes? Porque ninguém fala em Projetos?

Não é
raro ver Aécio Neves dando explicações do porque ele perdeu no ano passado as
eleições para Dilma Rousseff, sempre diz que o Partido dos Trabalhadores (PT) é
“uma organização criminosa” e considera que o país “tem uma
Presidente sitiada” ou “não tem Presidente.
Em
entrevista ao “Correio Braziliense” o Presidente do Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB) voltou ao tema e disse que a disputa foi “uma
luta absolutamente desigual”.
“Não
perdi para um partido político. Perdi para uma organização criminosa que se
apoderou do Estado”, afirmou na entrevista, na qual falou também da crise
política e económica e das denúncias de corrupção e do conflito entre o Governo
e o Congresso.
“O
Brasil tem uma Presidente sitiada (…), ela vai para onde? Para ser
vaiada?”, questionou o político, acrescentando que além das questões econômicas
há as morais e que Dilma Rousseff “mentiu aos brasileiros” para
“vencer as eleições” e que isso “vai ficando mais claro” a
cada dia.
Aécio
também advertiu que o escândalo de corrupção na Petrobras não para e já começa
a afetar a economia do país.
“A
gente vê denúncia disso, denúncia daquilo… amanhã vai prender não sei
quem”, disse na entrevista, acrescentando que, no entanto, o que mais
fragiliza o Governo e a Presidente é a economia.
“Tem
uma crise que permeia todas as outras, estou falando do desemprego, da
inflação, dos juros altos. É isso que vai emoldurar tudo aí, que é a crise de
confiança hoje no Brasil. Ninguém está investindo”, afirmou.
O
Tucano acrescentou: “sem confiança você não retoma o crescimento, não
administra a base do Congresso. Ninguém respeita mais o Governo”.
As
denúncias de corrupção já levaram vários a prisão e até o desfecho final ainda
poderemos assistir à detenção de outras dezenas de empresários e políticos, em
sua maioria ligados ao PT ou ao Governo.
A
entrevista de Aécio Neves não traz nada de novo, nada diferente do que temos
visto nos noticiários desde a vitória de Dilma Rousseff em outubro de 2014, mas
é bom salientar o porquê da derrota dele em um momento que país precisava e
queria mudança de comando no Brasil. O candidato do PSDB nunca explicou o
Aeroporto construído em terras de sua família com dinheiro público e não
apresentou um plano de governo diferente para o Brasil.
No
início da campanha eleitoral, Aécio abraçou as demandas da classe média
brasileira que almejava o fim das inúmeras “bolsas” concedidas pelo Governo aos
mais necessitados, as quais denominavam “bolsa esmola”, e mesmo sem conhecer as
necessidades da população, Aécio Neves logo se posicionou contra esses
programas sociais do Governo do PT, dizendo que eram apenas eleitoreiros.
A
campanha prosseguiu, Aécio então viajou aos estados do Norte e Nordeste, vendo
de perto a real situação de milhões de brasileiros e sentiu o grau da sua
rejeição nas duas regiões. O tucano então decidiu mudar sua posição quanto aos
programas sociais e ao invés de acabar com eles, Aécio passou a prometer que
iria manter os programas e até amplia-los.
Bolsa
isso, bolsa aquilo, Mais Médicos, Prouni, Fies, cotas, entre outros passaram a
fazer parte do discurso de Aécio, que desagradou a penalizada classe média, não
convenceu as classes “C e D” e a certa altura da corrida eleitoral, os
eleitores trocaram Aécio por Marina Silva.
A
troca pura e simples de um candidato por outro pode até ser vista como natural,
mas se prestar atenção nos detalhes veremos que a falta de confiança no que
dizia o tucano naquele momento e o que ele próprio já havia defendido. Marina
surgiu como esperança real de mudança, até se deparar com a encruzilhada do
moderno e o tradicional, a pauta das minorias acabou derrubando a candidata que
assumiu a campanha no lugar do falecido Eduardo Campos.
Por
mais que seja difícil para Aécio aceitar, Dilma venceu a eleição, as mentiras
de campanha logo foram desmentidas pelo próprio Governo Petista e o país
mergulhou numa crise de confiança gigantesca. Com uma investigação criminal,
Operação Lava Jato, em curso, a oposição derrotada do país, sem líderes com
credibilidade iniciaram uma outra campanha para criminalizar o PT e promover o
desgoverno no Brasil. Aécio, Marina e líderes diversos falam das pautas que se
apresentam sucessivamente à cada semana via imprensa, mas nenhum se compromete
com nada, afinal de contas eles vão precisar do voto de todas as correntes se
quiserem subir a rampa do Planalto.
Três pontos precisam ser analisados para
entendermos o sofrimento do brasileiro neste momento:
v Falta de Planejamento
v  Do Governo que
enganou, maquiou dados e escondeu a real situação do Brasil com a finalidade
única e exclusiva de manter o poder e não tinha projeto algum para reverter a
crise eminente, até a convocação de Joaquim Levy, que veio para ser o algoz dos
mais pobres sem comprometer a imagem desgastada do Governo Dilma.
v  Da oposição que
diferentemente do que ocorre na contestada Venezuela, os opositores, tem
projeto para apresentar à população e costumam falar ao público sobre soluções
para tirar o país deles da crise, sem que a população pague pelos erros da
classe política. Diferente do Brasil, onde a oposição funciona apenas como
caixa de ressonância, repetindo apenas o que a população está cansada de ver na
mídia, sem acrescentar possíveis soluções, sem oferecer uma alternativa aos
brasileiros. Caiado, Aécio, Marina e outro líderes menos cotados apresentam
como solução para tudo, apenas a troca de nomes ou a retirada do PT do poder.
Solução ou alternativas sem penalizar os brasileiros, nenhum deles apresenta ou
mesmo tem formulada para de fato ajudar o Brasil a sair desse momento
dificílimo que teima em assombrar o povo. Por aqui não veremos opositores serem
presos ou censurados pelo Governo, justamente por não terem nada à dizer ao
povo, a não ser que está tudo errado e que eles, mesmo sem projeto, são a única
saída. Convenhamos que só isso é muito pouco para convencer alguém ameaçado
pelo desemprego ou às voltas com a crise econômica.
v Falta de credibilidade do Governo e da Oposição
A falta de credibilidade, hoje mais latente do
lado de quem está no poder, já começa a se estender para as instituições e
afeta também a oposição. Aécio Neves tem dificuldade de reconhecer que perdeu
por não ter um plano de governo consistente, sendo mais fácil adjetivar os
adversários do que partir para o confronto no campo das ideias. Com a Câmara e
o Senado tendo seus Presidentes sob suspeita de corrupção, impondo ao Governo
pautas tidas como populares, mas apresentadas numa hora inoportuna, apenas com
o intuito de desgastar ainda mais a imagem de quem está no poder. A oposição
que deveria ser o diferencial neste momento, apenas acompanha a pauta que deixe
o país ingovernável, imaginando que se o Governo sangrar, e o Brasil mergulhar
numa crise maior ainda, eles terão maior facilidade para chegar ao Planalto nas
próximas eleições, mesmo sem ter um projeto plausível para a nação.
v A demora do Judiciário em punir os
culpados pela corrupção, e assim separar o joio do trigo neste jogo político
complicado.
v  O
Brasil acompanha com atenção o desenrolar dos fatos na operação lava jato,
aplaude a maioria das decisões tomadas pelo juiz Federal Sérgio Moro contra
corruptos e corruptores do âmbito da Petrobras, mas critica a demora na
apuração e penalização do chamado núcleo político da operação. No entendimento
de alguns, o fato da classe política seguir sem ser incomodada pela Polícia Federal
por conta do foro privilegiado é um agravante para que tudo termine em pizza e
o Brasil siga como o país da impunidade, principalmente para políticos
inescrupulosos que sempre que tem uma chance metem a mão no erário sem remorso
ou compaixão.

     Bandido é bandido e precisa
ser punido exemplarmente para que não tenhamos a repetição destes episódios no
futuro, a corrupção tira dos brasileiros qualquer perspectiva de futuro,
roubando saúde, educação, segurança e infraestrutura que poderiam atender a
população sem deixar a desejar. O corrupto e o corruptor tiram não só o
dinheiro do povo, mas tiram a vida, tiram os direitos básicos e sem nenhum constrangimento
eles acreditam que tudo o que vemos ai nos noticiários, não levará os
responsáveis diretos à pagar por isso.
     Aécio Neves e Marina Silva opositores
que são, tem que agir como tal, além de não se omitir em relação as críticas ao
governo, precisam apresentar pautas que sejam vistas pela população como
soluções no curto e médio prazo. Críticas não quer dizer que tenham que ficar
repetindo o que a imprensa tem retratado todos os dias, não, precisam
questionar o governo apresentando seus pontos de vista sobre as ações. Aécio
faz tudo errado desde o fim das eleições e é difícil imaginar que ele
represente mais de 50 milhões de eleitores. Marina Silva até outro dia preferia
se omitir sobre a crise. Um erro crasso de quem quer um dia comandar o maior
país da América do Sul.

     A estratégia da oposição no
Congresso é impor pautas que constranjam o Governo, sem apresentar nenhuma
alternativa para solucionar os problemas. Enquanto a oposição não toma para si
o protagonismo diante de um governo sem credibilidade, a população segue
pagando por tudo, sobretudo pelas regalias de políticos que não representam
ninguém, a não ser eles mesmos e seus interesses.

G1 – Marcelo Odebrecht tentou ‘atrapalhar’ investigação antes da prisão, diz PF – notícias em Paraná